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8 de junho de 2007

AZULÃO



ROMÂNTICO E BOM CANTOR
Ele é muito bem quisto entre os passarinheiros. Além do belo canto, há o constante namoro do casal, sempre cercado de cortejos e carinhos que proporcionam um verdadeiro espetáculo.
Aos poucos, a ave levanta a cauda, separa em leque as penas do rabo e das asas, leva a cabeça ligeiramente para trás, entreabre o bico emitindo um som suave e contínuo. Em seguida, um estremecimento do corpo, enquanto se arrepiam as penas da parte posterior.
Eis o ritual que o criador pode observar quando um macho ou uma fêmea, em sua gaiola, deseja atrair o companheiro para junto de si.
Aquele que atende o chamado traz no bico um grãozinho qualquer, que oferecerá ao outro como se fosse um cortejo, um início de aproximação.
Cenas assim não são raras no cotidiano de um casal de Azulão na época do cruzamento, entre setembro e abril. Mais comum ainda é o hábito de um levar a comida ao bico do outro. Um alpiste, por exemplo, quando dado de presente, é previamente descascado pelo galanteador.
O que mais atrai a atenção dos criadores, contudo, não é o namoro, mas o canto do Azulão, afinado, melodioso e farto, o macho canta com bastante freqüência. Mesmo a fêmea, de vez em quando, arrisca uma melodia, embora num volume bem menor. Já os machos são mais empenhados. Alguns cantam com tamanha força e convicção que chegam a "afinar" os outros machos da redondeza, quer dizer, estes permanecem em silêncio, apenas ouvindo o primeiro.
Outra característica marcante é a valentia do macho. Quando acasalado, ele defende bravamente o seu território. Ao se sentir ameaçado, imediatamente toma uma típica posição de ataque: afina o corpo, endireita-o para frente, mexe rapidamente a cabeça e o rabo enquanto abaixa as asas deixando à mostra a tonalidade azul-clara que tem no encontro delas com o tronco do corpo.
Aliás, vale a pena alguma atenção para as cores deste pequeno pássaro, com cerca de 15 cm. O macho adulto é azul-escuro. A fronte (testa), as partes laterais da cabeça (logo abaixo dos olhos), a nuca e o encontro das asas apresentam uma coloração azul-clara. A fêmea adulta permanece como todos os filhotes, pardo-amarronzada. Só depois de um ano de vida é que o macho começa a adquirir sua cor definitiva. No momento em que surgem na plumagem as primeiras manchas azuis, ele é chamado de "Pintado" por alguns passarinheiros.
O Azulão é encontrado em toda a América do Sul e Central. As quatro espécies encontradas no Brasil são a Cyanocompsa cyanoides rothchildii (Amazônia), a Cyanocompsa cyanoides cyanea (Nordeste), a Cyanocompsa cyaneastaerea (Sul e Brasil Central) e, finalmente, a Cyanocompsa cyanea Argentina (sul de Mato Grosso). As diferenças entre elas são mínimas, apenas mudanças sutis na coloração que passam quase desapercebidas aos amadores. Interessam apenas ao rigor científico.
Na natureza, preferem viver à beira das matas. No inverno é comum que fiquem mais escondidos, mas na maior parte do ano são vistos em plantações onde encontram grãos para se alimentar. Daí a sua fama não ser lá das melhores entre os agricultores. O ninho, feito de raízes e folhas secas, fica bem camuflado entre os arbustos, evitando predadores, a poucos metros do solo.
Em cativeiro se reproduzem sem problemas. O casal pode ser colocado de preferência num viveiro (1 m x 1 m x 1 m), mas servem também as gaiolas nº3 (70 cm x 30 cm x 40 cm). O ninho a ser usado é desses especiais para Canários, facilmente encontrados no mercado. O criador coloca-o num canto alto da gaiola, camuflado sob ramagens artificiais plásticas, como uma avenca, que darão mais segurança para a fêmea. Colocando-se um pouco de raízes de capim na gaiola, a fêmea pode se estimular ainda mais para a postura, enquanto vai dando, ela mesma, os últimos retoques no ninho.
Depois de abril, aconselha-se separar o casal, cada um numa gaiola individual, onde ficarão para fazer a muda. Em setembro, voltarão a viver juntos, e todo o namoro recomeçará.
uol/bichos

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Enquanto não amamos um animal,uma parte de nossa almapermanecerá adormecida.(Anatole France)