Se você é daqueles que adora seu bichinho de estimação, saiba que faz parte da maioria. As estatísticas apontam que mais da metade dos brasileiros possui animais de estimação, seja ele um cão, um gato, ou mesmo um singelo hamster. Segundo informações divulgadas em 2002 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os animais de estimação estão presentes em 63% dos lares brasileiros. Só entre os cachorros, o mais popular entre os “pets”, a proporção, no Brasil, é de 1 cão para cada 7 habitantes humanos.
Ao dispensar tratamento de melhor amigo aos bichinhos, os donos apaixonados colaboram para movimentar um mercado que cresce, em média, quase 20% por ano. Os números do segmento são impressionantes. Só na cidade de São Paulo existem cerca de 3.000 “pet shops”, informa o Dr. Marcos Galindo, do Departamento de Relações Institucionais do Sindicato de Lojistas de São Paulo e que participa da Câmara setorial de “pet shops”. E, de acordo com pesquisa do SEBRAE (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), são mais de 8 mil em todo Brasil.É um mercado sofisticado em que já existe até mesmo uma padaria e uma fábrica de chocolates somente para cães.
Esses estabelecimentos procuram fornecer tudo o que é necessário (e muito mais) para o bem estar de uma população numerosa. Dados da Anfal-Pet (Associação Nacional de Fabricantes de Alimentos para Animais de Estimação) apontam que já existem no país cerca de 29 milhões de cães e 13 milhões de gatos, além de 4 milhões de outros animais caseiros. Esses dados colocam o Brasil em terceiro lugar na lista dos países com maior população de bichos caseiros no mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos e a China.
Necessário, somente o necessário – É certo que os bichos domesticados precisam de cuidados especiais para viver nas cidades - distantes da natureza e próximos aos humanos. Por isso, muitos produtos, e principalmente os serviços de saúde e higiene oferecidos em “pet shops”, são realmente necessários. Vacinas e visitas regulares ao veterinário, por exemplo, ajudam a garantir a saúde do animal e das pessoas com quem convive.
Porém, é preciso controlar o impulso de transformar seu melhor amigo animal em uma imitação humana e enchê-lo de presentes que poucos benefícios trazem para ele e podem pesar muito tanto no orçamento doméstico como nas demandas sobre os recursos da sociedade e da natureza. É importante lembrar que todos esses produtos exigem água, energia e matéria-prima para serem fabricados, recursos que são limitados e custam dinheiro para serem obtidos. Naturalmente, é preciso cuidar para usar somente o que realmente é necessário de cada um desses produtos.
Para Marco Ciampi, Fundador e presidente da ARCA Brasil, Ong que se dedica a defesa dos direitos dos animais, para que seu animalzinho tenha uma vida feliz basta dar-lhe carinho, garantir a sua saúde (mantendo em dia as vacinas e as visitas ao veterinário), ter um espaço abrigado, limpo, com água e comida suficientes, e dar liberdade - abolindo definitivamente as correntes. “É fundamental ainda consultar a família para que o bicho seja recebido como um membro da família e, em casa, educá-lo para o convívio social”, explica.
Ciampi milita na proteção animal desde 1992, quando foi escolhido representante da entidade inglesa World Society for the Protection of Animals (WSPA) e desenvolveu com a ARCA os dez mandamentos do proprietário responsável que fornece indicações sobre o modo correto de escolher e criar o seu bichinho (os mandamentos podem ser acessados no link www.arcabrasil.org.br/acoes/posse/mandamentos.htm).
Um bom exemplo de como é possível amar seu companheiro animal, mas manter os pés no chão vem de Ana Corina, de Florianópolis. Ana, é catarinense, formada em letras pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e criadora do Blog “maedecachorro.com.br”. Apesar da paixão declarada pelos animais, ela defende que sejam, sim, “tratados como bichos”, no melhor sentido da palavra.
“Já fui dona de “pet shop” por 1 ano e meio e não consumo quase nada nessas lojas. Compro rações, toso meus cães, compro remédios necessários (para pulgas etc.) e fica praticamente só nisso. Não sou de tratar cachorro como gente. Presenteio meus cães com muitos ossos de verdade, crus”, conta Ana, ao se referir aos hábitos de seus cães das raças Yorkshire e Mastim Napolitano.É preciso ficar atento para não cair na tentação da oferta de produtos desnecessários, como perfumes, condicionadores, roupas e acessórios que não contribuem em nada para o aumento da qualidade de vida dos bichinhos.
Além de não exagerar no consumo de produtos para os bichos de estimação, ainda é preciso prestar atenção na hora de escolher a “pet shop” da qual comprar. A recomendação de Galindo é que o consumidor procure uma loja estabelecida, com empresa registrada, que cumpra as regras de saúde pública, tenha um veterinário sempre presente e esteja inscrita no Conselho de Medicina Veterinária. “Muitas “pet shops” funcionam no fundo do quintal, cobram um valor muito mais baixo, mas não pagam impostos, não tem cuidados de higiene no manuseio de rações, nem tem um médico veterinário para orientar o consumidor”, adverte. Outro cuidado importante, segundo Galindo, deve ocorrer na escolha e compra de animais de estimação. “Os exóticos, por exemplo, precisam vir com nota fiscal e certificado de origem”, declara. Isto garante que não foram retirados ilegalmente de seu habitat natural.
No final das contas, o crescimento do mercado de “pet shops” é um indício positivo de que muitos brasileiros andam bastante interessados em tratar bem dos animais com os quais convivem. Uma intenção que pode e deve ser transferida para todos os outros seres vivos do planeta.
Quem quiser saber se já está pronto para receber em casa um animalzinho de estimação pode acessar a página da ARCA – Brasil e fazer um teste que dá indicação do nível de consciência do futuro dono para receber um “pet” na família, no endereço: http://www.arcabrasil.org.br/acoes/adocao/teste/index.html
(Envolverde/Instituto Akatu)
Ao dispensar tratamento de melhor amigo aos bichinhos, os donos apaixonados colaboram para movimentar um mercado que cresce, em média, quase 20% por ano. Os números do segmento são impressionantes. Só na cidade de São Paulo existem cerca de 3.000 “pet shops”, informa o Dr. Marcos Galindo, do Departamento de Relações Institucionais do Sindicato de Lojistas de São Paulo e que participa da Câmara setorial de “pet shops”. E, de acordo com pesquisa do SEBRAE (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), são mais de 8 mil em todo Brasil.É um mercado sofisticado em que já existe até mesmo uma padaria e uma fábrica de chocolates somente para cães.
Esses estabelecimentos procuram fornecer tudo o que é necessário (e muito mais) para o bem estar de uma população numerosa. Dados da Anfal-Pet (Associação Nacional de Fabricantes de Alimentos para Animais de Estimação) apontam que já existem no país cerca de 29 milhões de cães e 13 milhões de gatos, além de 4 milhões de outros animais caseiros. Esses dados colocam o Brasil em terceiro lugar na lista dos países com maior população de bichos caseiros no mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos e a China.
Necessário, somente o necessário – É certo que os bichos domesticados precisam de cuidados especiais para viver nas cidades - distantes da natureza e próximos aos humanos. Por isso, muitos produtos, e principalmente os serviços de saúde e higiene oferecidos em “pet shops”, são realmente necessários. Vacinas e visitas regulares ao veterinário, por exemplo, ajudam a garantir a saúde do animal e das pessoas com quem convive.
Porém, é preciso controlar o impulso de transformar seu melhor amigo animal em uma imitação humana e enchê-lo de presentes que poucos benefícios trazem para ele e podem pesar muito tanto no orçamento doméstico como nas demandas sobre os recursos da sociedade e da natureza. É importante lembrar que todos esses produtos exigem água, energia e matéria-prima para serem fabricados, recursos que são limitados e custam dinheiro para serem obtidos. Naturalmente, é preciso cuidar para usar somente o que realmente é necessário de cada um desses produtos.
Para Marco Ciampi, Fundador e presidente da ARCA Brasil, Ong que se dedica a defesa dos direitos dos animais, para que seu animalzinho tenha uma vida feliz basta dar-lhe carinho, garantir a sua saúde (mantendo em dia as vacinas e as visitas ao veterinário), ter um espaço abrigado, limpo, com água e comida suficientes, e dar liberdade - abolindo definitivamente as correntes. “É fundamental ainda consultar a família para que o bicho seja recebido como um membro da família e, em casa, educá-lo para o convívio social”, explica.
Ciampi milita na proteção animal desde 1992, quando foi escolhido representante da entidade inglesa World Society for the Protection of Animals (WSPA) e desenvolveu com a ARCA os dez mandamentos do proprietário responsável que fornece indicações sobre o modo correto de escolher e criar o seu bichinho (os mandamentos podem ser acessados no link www.arcabrasil.org.br/acoes/posse/mandamentos.htm).
Um bom exemplo de como é possível amar seu companheiro animal, mas manter os pés no chão vem de Ana Corina, de Florianópolis. Ana, é catarinense, formada em letras pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e criadora do Blog “maedecachorro.com.br”. Apesar da paixão declarada pelos animais, ela defende que sejam, sim, “tratados como bichos”, no melhor sentido da palavra.
“Já fui dona de “pet shop” por 1 ano e meio e não consumo quase nada nessas lojas. Compro rações, toso meus cães, compro remédios necessários (para pulgas etc.) e fica praticamente só nisso. Não sou de tratar cachorro como gente. Presenteio meus cães com muitos ossos de verdade, crus”, conta Ana, ao se referir aos hábitos de seus cães das raças Yorkshire e Mastim Napolitano.É preciso ficar atento para não cair na tentação da oferta de produtos desnecessários, como perfumes, condicionadores, roupas e acessórios que não contribuem em nada para o aumento da qualidade de vida dos bichinhos.
Além de não exagerar no consumo de produtos para os bichos de estimação, ainda é preciso prestar atenção na hora de escolher a “pet shop” da qual comprar. A recomendação de Galindo é que o consumidor procure uma loja estabelecida, com empresa registrada, que cumpra as regras de saúde pública, tenha um veterinário sempre presente e esteja inscrita no Conselho de Medicina Veterinária. “Muitas “pet shops” funcionam no fundo do quintal, cobram um valor muito mais baixo, mas não pagam impostos, não tem cuidados de higiene no manuseio de rações, nem tem um médico veterinário para orientar o consumidor”, adverte. Outro cuidado importante, segundo Galindo, deve ocorrer na escolha e compra de animais de estimação. “Os exóticos, por exemplo, precisam vir com nota fiscal e certificado de origem”, declara. Isto garante que não foram retirados ilegalmente de seu habitat natural.
No final das contas, o crescimento do mercado de “pet shops” é um indício positivo de que muitos brasileiros andam bastante interessados em tratar bem dos animais com os quais convivem. Uma intenção que pode e deve ser transferida para todos os outros seres vivos do planeta.
Quem quiser saber se já está pronto para receber em casa um animalzinho de estimação pode acessar a página da ARCA – Brasil e fazer um teste que dá indicação do nível de consciência do futuro dono para receber um “pet” na família, no endereço: http://www.arcabrasil.org.br/acoes/adocao/teste/index.html
(Envolverde/Instituto Akatu)
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